Quais os reais benefícios do Tantra para a sexualidade?
Quais os reais benefícios do Tantra para a sexualidade?
O que é o estado de presença?
Você pode observar cada uma dessas ondas que agitam o seu mar interno, com mais clareza e leveza, e escolher onde colocar a sua atenção. E assim, poderá desfrutar daquilo que estimula seus sentidos no momento presente, integralmente.
Você não é seu sofrimento
Os conflitos emocionais se caracterizam por uma fragmentação: são partes distintas, que apontam para direções diferentes, emoções ambiguas, e falta de um acordo interno que promova a paz.
Mas qual a relação com sexualidade?
O Tantra estimula esse estado de presença para levar o ser para fora do estado de conflito psíquico e sofrimento emocional, e colocá-lo na posição de observador: o observador é aquele que escolhe para onde olha, aquele que direciona o foco, e sai da posição de escravo das emoções para governante dos instintos.
A intensificação do prazer corporal, acontece a partir do refinamento da energia sexual, e isso é uma consequência do estado de presença, da ativação da consciência.
O orgasmo, no Tantra, não é o fim em si, é apenas uma possível consequência muito agradável, de uma consciência ativada, que governa os próprios fluxos, e sabe onde, quando e como, manipular a energia sexual.
A arte do Não Julgamento
Todos nós julgamos.
Julgamentos são sentenças que emitimos sobre algo.
É como sentir tesão, e pensar que é uma sensação incômoda, ou mesmo pensar que, porque o sente, precisa fazer algo a respeito.
A arte do não julgamento, está totalmente atrelada à capacidade de manter-se no momento presente, sem associar o que é vivido e sentido à experiências do passado, e sem ser levado de forma impulsiva à ação.
Não julgar é um desafio, visto que, nosso corpo/mente responde a partir de julgamentos.
É o julgamento que nos mantém vivos.
Imagina que todas as experiências que você viveu no passado, geraram sentenças, que vão orientar tuas condutas futuras.
Se julgamos, é porque temos memórias, e queremos estar prontos para o que virá.
A questão é: quantas dessas memórias são realmente necessárias para a nossa segurança e sobrevivência, e quantas são baseadas exclusivamente no medo do sofrimento e ignorância?
A arte do não julgamento, é a arte de observar as próprias sensações e pensamentos, e questionar.
Você pode se questionar sobre o que fazer de positivo e construtivo com o seu tesão pela amiga da sua namorada, por exemplo. Observar de onde essa sensação realmente vem, ao invés de pensar que é uma sensação péssima, sentir culpa, reprimir, e depois explodir de alguma forma destrutiva. Você pode simplesmente, não julgar essa sensação como algo que tem o direito de sentir, para não alimentá-la, enquanto observa a razão dela surgir, dessa forma e neste momento. Você não precisa se desesperar sentenciando a sensação como algo negativo, mas você pode questionar a razão dela existir, e o que tem para te ensinar. Você não precisa se entregar para essa sensação, sob o risco de intensificá-la, e inserir no seu corpo/mente a informação de que está tudo bem sentir tesão pela amiga da sua namorada. Basta apenas que observe essa sensação, quando e como ela chega, e governá-la, para que se transforme em algo que contribua para o seu crescimento e não para a sua ruína.
Se você julga essa sensação como algo bom, pode acabar passando por cima de valores e princípios que mantém a tua saúde mental, física e espiritual preservadas. Se você julga essa sensação como algo ruim, poderá sentir culpa, remorso, reprimir uma força poderosa, que depois explodirá em atitudes impensadas, raivas, ciúmes, doenças.
A arte do não julgamento, é a arte do questionamento, na busca de soluções que contribuam para a sua prosperidade em todos os níveis, sem negar a realidade.
Quem julga, sentencia. Quem não julga, pode ganhar a liberdade a partir dos questionamentos adequados.